Sunday, January 07, 2007

Verdade

Age como se o princípio da tua acção pudesse tornar-se uma lei universal da Natureza. Ninguém consegue viver com a sombra do imperativo categórico de Kant. Não há um ser humano que não tenha mentido ou, em determinada altura sob certas circunstancias, que não tenha feito qualquer coisa que critica publicamente. Somos humanos, e não vale a pena reabilitar mitos como o do bom selvagem.
Não tenhamos ilusões; a mentira nem sempre é descoberta, a verdade nem sempre vem ao de cima. Mas, afastando conceitos morais religiosos, que identificam a mentira com o pecado -isso não me interessa-, qual é o fundamento para o engano? O que está em causa não é uma relação interesseira com a virtude; os virtuosos nem sempre são recompensados. Ou melhor, não depende de ninguém, felizmente, a atribuição da recompensa. Mas, o que fica depois da mentira?

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Qual é o fundamento para o engano,e o que fica depois da mentira? uff, perguntas pesadas ... Uma pista: primeiro, procura no contexto ("é o contexto, estúpido!"); depois, pesa-o com o principio moral; depois medita na natureza da "confiança"; se o contexto for mais pesado que o principio moral e se "ninguém se magoou", estás safo!

6:30 PM  

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