Solidão

Estou a ler o "Extensão do domínio da luta" do Houellebecq. "Creio que me vê como um símbolo pertinente dessa prostração, sem ambição, sem sexualidade; nem sequer distracções. (...) tenho a sensação de que toda a gente é assim. Considero-me um tipo vulgar. Talvez não exactamente, mas o que é a normalidade afinal? Digamos que sou 80% normal". O Victor Cunha Rego disse, uma vez, que só quando estamos sozinhos é que nos ficamos a conhecer a nós próprios. Não concordo. Não há nada como a companhia dos outros para que as nosssas idiossincracias mais absurdas se revelem, ainda que ninguém se aperceba. Quando estamos sozinhos o mundo volta ao seu lugar.