Sopranos
Porque é que nos fascinam?
1. O Voyeurismo. Seguimos os sopranos como voyeurs: espreitamos a sua intimidade colados às suas peles; só isso já é extraordinário: conseguir a intimidade com uma obra de Arte (com maiúsculas). Só me lembro de sentir o mesmo com outra obra: os livros do Rabbit do Updike
2. O Terror. Os sopranos é uma série sobre a família. Só isso já dá pano para mangas no campo das patologias psicológicas. Só que os sopranos vão mais longe: os sopranos são uma família (lato senso) de psicopatas!: they do it, anyway, they have to do it! (somos íntimos, mas quando eles do it!, ainda bem estamos no sofá a vê-los na televisão!)
3. O cheiro a morte. Nesta última série os sopranos são cadáveres ambulantes, são zombies em decomposição; esta última temporada é uma série mórbida, é dedicada apenas a um tema, a morte; e a morte fascinanos sempre.
4. Os actores. Eu acho que nunca vi uma incarnação tão perfeita (como é possível?); depois de os ver passei a acreditar na transcendência humana (a cena de bebedeira e jogatana em família do 1º episódio é um exemplo de transcendência)
5. O criador. Que dizer, senão agradecer?
Texto de Pedro Lima.
1. O Voyeurismo. Seguimos os sopranos como voyeurs: espreitamos a sua intimidade colados às suas peles; só isso já é extraordinário: conseguir a intimidade com uma obra de Arte (com maiúsculas). Só me lembro de sentir o mesmo com outra obra: os livros do Rabbit do Updike
2. O Terror. Os sopranos é uma série sobre a família. Só isso já dá pano para mangas no campo das patologias psicológicas. Só que os sopranos vão mais longe: os sopranos são uma família (lato senso) de psicopatas!: they do it, anyway, they have to do it! (somos íntimos, mas quando eles do it!, ainda bem estamos no sofá a vê-los na televisão!)
3. O cheiro a morte. Nesta última série os sopranos são cadáveres ambulantes, são zombies em decomposição; esta última temporada é uma série mórbida, é dedicada apenas a um tema, a morte; e a morte fascinanos sempre.
4. Os actores. Eu acho que nunca vi uma incarnação tão perfeita (como é possível?); depois de os ver passei a acreditar na transcendência humana (a cena de bebedeira e jogatana em família do 1º episódio é um exemplo de transcendência)
5. O criador. Que dizer, senão agradecer?
Texto de Pedro Lima.
1 Comments:
E porque fazem aquilo que todos nós gostarímos de fazer e não temos coragem para isso. Porque assumem os seus ódios e amores com a mesma intensidade e autenticidade, porque são como nós...
Bem escrito maninho
Filipa Lima
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