Wednesday, September 26, 2007

Anacrónico

Saiu em Espanha um novo jornal, "El Público". Pago, de esquerda, com um grafismo foleiro e que vai investir na internet daqui a 10 anos. É bom saber que, em tempos tão modernos, ainda há quem invista em anacronismos.

Militante

Conheço um militante comunista que uma vez me disse, convicto, que o "Avante" é o jornal mais objectivo da imprensa portuguesa. A palavra que faz a diferença, na frase anterior, para uma pessoa razoável, com uma boa relação com o mundo e as pessoas, não é "comunista", mas sim "militante". No fundo é uma almofada psicológica, que os ajuda a lidar com um mundo cada vez mais difícil e imprevisível.

Tuesday, September 25, 2007

Solidão
















Fotografias de Floriane de Lassé.

Saturday, September 08, 2007

"Onda de violência"

As estatísticas confirmam: a criminalidade violenta diminuiu.
Um estudo deste ano, elaborado pelo The Economist Intelligence Unit, o centro de investigação associado à "The Economist", considerava Portugal o 9º país mais seguro do mundo.
Assaltos que ocorrem todos os dias, fazem as manchetes dos jornais e até motivam debates na televisão.
O Público, desgraçadamente, parece o Correio da Manhã.
A histeria colectiva, à volta do rapto da menina inglesa, volta a atingir o auge, com directos inenarráveis das televisões.
A realidade é irrelevante para a imprensa portuguesa.

Wednesday, September 05, 2007

A blogosfera

Ainda no mesmo artigo uma pequena nota: actualmente 80% das notícias disponíveis na internet, tem como origem os jornais. Porque "no internet company has the resources needed to gather and edit news on the scale of the most mediocre metropolitan daily". A blogosfera é interessante não como fonte de informação, mas porque qualquer blogger pode ser um colunista. E assim "with vast armies of columnists blogging away, it seems inevitable that a few may eventually produce something original, arresting, and refreshing and so breathe new life into this worn-out journalistic form".

Imprensa

A imprensa portuguesa, mesmo a de qualidade, perdeu, outra vez, a cabeça. Desta vez com um assalto a um banco em Viseu. Por coincidência, li esta noite um artigo, com o sugestivo titulo "Goodbye to newspapers?", no extraordinário New York Review of Books. Entre a cupidez de capitalistas sem rosto proprietários de títulos de referência, a internet e mau jornalismo se vai cavando a sepultura dos jornais. E qual é a resposta que os jornais portugueses nos dão? Crime.
O Público vai lançar com a Bola um gratuito, porque, ao que parece, o que está na moda "não é o suporte em que a notícia é lida, mas sim que a notícia seja lida independentemente do suporte". E todos os dias assisto à rápida leitura (?) dos jornais gratuitos, seguindo-se, quase sempre o caixote do lixo como destino. Sim, os jornais gratuitos são o "suporte" da moda no momento. Já temos 3, até ao fim do ano serão 5. Mas, alguém acredita que é através da oferta de jornais que se vai salvar o jornalismo de referência? Não me parece.

Tuesday, September 04, 2007

Heróis cá de casa (7)

Saturday, September 01, 2007

it may not always be so

it may not always be so;and i say
that if your lips, wich i have loved,should touch
another's,and your dear strong fingers
clutch is heart,as mine in time not far away;
if on another's face your sweet hair lay
in such a silence as i know,or such
great writhing words as,uttering overmuch,
stand helplessly before the sipirit at bay;

if this should be,i say if this slhould be-
you of my heart,send me a little word;
that i may go unto him,and take is hands,
saying,Accept all happiness from me.
Then shall i turn my face,and hear one bird
sing terribly afar in the lost lands.

E.E. Cummings