Tuesday, November 27, 2007

Miguel Sousa Tavares

Primeiro, os méritos. Foi um excelente jornalista de televisão. Ainda hoje me lembro das suas entrevistas. É, também, um colunista corajoso. Não tem medo da cacicada que povoa as nossas câmaras municipais, nem de interesses estabelecidos. É independente. Dito isto, não me lembro de uma coluna, e li muitas ao longo dos anos, em que ficasse com a impressão de estar perante um texto decisivo. Tem causas fixas: o ambiente, a velocidade nas estradas, o tabaco. A sua escrita é superficial; são textos "fáceis".
Acabei agora de o ouvir, na Sic Noticias, a dizer que o Vasco Pulido Valente, não tem legitimidade para criticar o seu ultimo romance, porque, VPV, é um "romancista falhado". Uma indelicadeza que não surpreende. Quando VPV se meteu com ele, há muitos anos no Independente, respondeu que o homem só conhecia o Gambrinus e Oxford. Resposta que deu agora, passados quase 20 anos, a Cândida Pinto no Expresso. Na altura, como agora, não responde à critica; insulta. Foi a forma que encontrou para desvalorizar o, excelente, texto que VPV dedicou ao seu livro no passado Sábado, no Público. Foi ainda mais indelicado com o jornal, onde escreveu. É o estilo queque arrogante. MST vende muitos livros. O seu público é essencialmente feminino. São as senhoras e meninas que ainda o vêm como o príncipe encantado que gostavam de ter em casa. Nada a dizer.